Expedição às profundezas do oceano - страница 3

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“Vasiliev acredita que as cobras marinhas são criaturas das profundezas do mar”, explicou Sergeyev com a mesma seriedade. – E seus corpos foram trazidos à superfície. A excitação, o vento e a imaginação das pessoas davam-lhes a aparência de estarem vivos. Depois foram comidos por pássaros e peixes. As criaturas foram extintas e, portanto, não foram mais encontradas. Mas talvez reste um par.

– E eu…

“Sou um cientista”, Sergeyev me interrompeu secamente. – Preciso de fatos. E todos os tipos de “eu acredito” ou “eu não acredito” não são adequados para a ciência.

“Eu só queria dizer”, respondi imediatamente, “que Vasiliev pode estar entrevistando a última das últimas cobras agora mesmo.” E farei de tudo para garantir que esta entrevista não seja perdida para a ciência. Não posso prometer que lhe trarei uma serpente marinha, mas tentarei encontrar Vasiliev.

Minha arrogância não os surpreendeu. Eles já deviam saber alguma coisa sobre mim.

“Excelente”, disse Salnikov. “Sempre acreditei que a escolha correta dos participantes da expedição é metade do seu sucesso. Quando você planeja partir, Capitão?

– Quinze minutos depois de você responder minha última pergunta.

– Falar.

– O que você sabe sobre o personagem de Vasiliev? Você o conhece bem, não é?

– Sim, claro. Quero lhe dizer algo que vai ajudar você a encontrá-lo.

– Exatamente. Preciso entender como Vasiliev agiria em tal situação. Posso imaginar como uma pessoa do meu tipo agiria. Mas eu tenho certeza sobre Titov. Posso lhe contar melhor sobre as ações dele do que sobre as minhas. Isso significa que resta apenas uma incógnita da qual tudo depende. Não sou psicólogo, mas terei que me tornar um.

“É difícil dizer como uma pessoa agirá em circunstâncias inesperadas”, disse Salnikov pensativamente. – Mas uma coisa eu sei com certeza: ele é muito teimoso. Ele adora cobras e as coleciona. Você consegue imaginar do que ele é capaz se tiver a chance de aumentar sua coleção? Por exemplo, tire uma foto de uma cobra real ou de algo desconhecido que confundimos com uma cobra. Ele é destemido. Não sei se isso é bom ou ruim. Ele é espeleólogo de profissão.

– Um espeleólogo?! – Esfreguei minha testa. Isso é a última coisa que precisamos! Lembro-me de ter lido algumas estatísticas de Controle de Segurança recentemente. Descobriu-se que, em termos de número de acidentes, os espeleólogos ocupam um dos primeiros lugares entre os pesquisadores da natureza. Eles sobem em lugares tão estreitos e perigosos, onde até mesmo um pequeno deslocamento na rocha pode levar ao desastre. O principal motivo dos acidentes é que os exploradores não fortificam cavernas e passagens subterrâneas antes que alguém entre nelas. Aqueles a quem algo acontecia geralmente queriam primeiro estudar a cavidade da Terra que haviam descoberto em seu estado intocado. E então pensamos em fazer saídas de emergência e instalar redes de proteção. Lembrei-me do conselho do Controle de Segurança sobre como combinar ciência e segurança. Gostaria de saber se esse conselho importante chegou até Vasiliev?